Com
o surgimento de oportunidades criadas a partir dos novos trabalhos e as
diversas formas de exercê-los, a flexibilização dos regimes trabalhistas entra
em pauta até na rua, nas mesas de bares. Os trabalhadores - alguns culpam a CLT
pelo próprio aumento do desemprego -enxergam um ponto positivo nesses possíveis
atalhos que surgem do simples questionamento da formalidade celetista.
Para Daniel Reis (D), 30 anos, auxiliar de documentação, a terceirização é um
dos pontos de maior divergência no debate de flexibilização das normas
laborais. Segundo ele, isso causa muita insegurança e é um assunto que deveria
ser prioridade para o movimento sindical. "Eu posso ser demitido sem
nenhum motivo ou ser mudado de local de trabalho", reclama. No entanto,
reconhece que há vantagem no setor informal. "É na questão da mobilidade
das horas trabalhadas: posso, por exemplo, chegar mais tarde ou sair mais cedo",
pondera.
O assistente em
vendas Halyson Pinheiro (E), de 23 anos, conta que seu local
de trabalho já está um pouco "flexibilizado" por meio do banco de
horas. Isso, segundo ele, traz uma liberdade maior para acordos. "Cria-se
opções que podem beneficiar ambos os lados. Algumas vezes, a empresa precisa de
horas extras e elas são recompensadas não somente com o pagamento, mas com
folga", entende.
O mestre de obras Mario Ribeiro, 57, por exemplo, critica a falta de
representatividade de algumas instituições sindicais. "As escolas de
formação deveria ser obrigação dos sindicatos, mas quem cuida delas são as
empresas." Ele também acredita na reforma da legislação trabalhista,
principalmente em relação à quantidade de horas mensais trabalhadas.
Fonte:
Publicado
em 24/10/2012 no Correio Braziliense. Colaborou Carlos Júnior Garcia.
Um comentário:
Olá, gostaria de saber se existe alguma súmula ou artigo da clt, que trate a respeito das folhas de ponto, quero ter direito a ter cópia da minha folha todo mês.
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