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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Ganho para o trabalhador.


Criado em 1985, o benefício do vale-transporte era inicialmente facultativo para as empresas. Só dois anos depois, com a aprovação do Congresso, passou a ser compulsório, o que assegurou economia média de 24% do salário dos trabalhadores. Situação bem diferente da época da inflação de dois dígitos, em que mais de um terço da renda era drenado pelos gastos com deslocamento, o que chegou a levar ônibus a serem depredados, relembra o presidente da NTU.

Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem 32,4 milhões de empregados com carteira assinada, contingente potencial de usuários do vale-transporte. O modelo eletrônico, usado em 75% das viagens, tem ainda a comodidade de diminuir o tempo de embarque, além de ser adquirido pela internet, telefone e fax. Há cidades onde o cartão pode ser recarregado a bordo do coletivo.

Essa realidade ainda confronta com restrições do transporte urbano. O comerciário Janailton Macedo Barros, 25, faz uma ginástica para estar diariamente em seu emprego às 8h da manhã. Ele acorda antes da 5h e caminha três quilômetros para embarcar, junto com mais 10 pessoas, numa kombi sem bancos. Depois de 40 minutos, ele chega ao trabalho - uma viagem de 56 quilômetros. À noite, volta para sua casa de ônibus, mas a viagem demora uma hora e meia. "A gente vem de cócoras ou sentado no chão. O veículo transporta carga durante o dia. Os piratas não aceitam vale e precisamos ter dinheiro para viajar de qualquer maneira", conta. (SR e JF).

Fonte: Publicado em 03/09/2012 no Correio Braziliense. 

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